domingo, 29 de março de 2009

Poema II

O tempo passa
Pessoas chegam e vão embora
Mas ele não,
Insiste em ficar lá.
A noite cai e a saudade aperta
Saudade do teu cheiro,
do teu beijo,
do teu eu,
do teu tudo,
do teu nada.
Depois de muito tempo nossos olhares se cruzam,
tímidos e com a sensação de que sempre estivemos lá.
O silêncio é enlouquecedor,
Não há mais o que falar,
Ele me puxa para perto de si e sinto meu corpo tremer,
Nossos olhares se cruzam de novo, mas dessa vez, fixos
Sinto sua respiração, seu desejo
Nossas bocas se encontram e o mundo para,
nada mais importa, nada mais existe,
além daquele momento,
onde duas almas separadas pela vida, finalmente se juntam,
e se tornam uma só
como deveriam ser, para sempre.
Mas nada é para sempre
Nem o sempre
E as almas se separam novamente,
Até quando? Não sei.
O que fica é a sensação de que tudo está em seu lugar,
ou quase tudo.

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