É isso mesmo, após 46 anos, o Jornal da Tarde (SP) sairá de circulação. Foi uma decisão tomada por empresários do Grupo Estado, cujo objetivo é investir na marca Estadão com uma estratégia multiplataforma integrada (mobile, impresso, digital, áudio e vídeo) para atingir o maior número de eleitores sem custos elevados para distribuição por exemplo.
Segundo os funcionários, eles terão estabilidade no emprego até o dia 04 de dezembro, quando haverá uma audiência, enquanto isso uma comissão negociará os diretos de quem for demitido.
O tradicional "Jornal do Carro" migrará para o Estadão e voltará a circular a partir de 07 de novembro. Será ampliado com novas sessões e será a nova marca de classificados de carro do jornal. Sairá às quintas, sábados e domingos, além de ter uma plataforma multimídia de alcance nacional.
A história
O JT foi um dos principais jornais da cidade de São Paulo. Publicado em 06 de janeiro de 1966, teve suas atividades encerradas em 31 de outubro de 2012.

Diferente do jornalismo tradicional, o JT procurou inspiração no movimento cultural e nas mudanças de comportamento que ocorriam na segunda metade da década de 60. Sua linguagem gráfica era diferente dos jornais da época, o que causava um grande contraste com os demais jornais.
Assim como os demais veículos de comunicação, o JT foi censurado pela ditadura militar na década seguinte. Por iniciativa de Ruy Mesquita, notícias censuradas passaram a ser substituídas por receitas que não funcionavam (não apenas como maneira de protesto, mas também porque nem sempre a receita cabia no espaço deixado pela censura) ou com títulos irônicos (por exemplo, "Aves à passarinho", em referência ao então senador Jarbas Passarinho). O título que fez mais sucesso foi "Lauto Pastel", crítica ao então governador paulista Laudo Natel.
Algumas capas históricas:
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