terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chuva

Hoje o dia amanheceu preguiçoso, escuro e melancólico. Os pássaros não cantaram e um silêncio ensurdecedor tomou conta de tudo. Os olhos estavam pesados e parecia que algo a puxava de volta para a cama. O quarto escuro denunciava que o dia não seria diferente. Ela ouve o barulho da chuva e sente um leve arrepio pelo corpo. Puxa a coberta para espantar o frio.
Vira para o lado e abre os olhos. Lá está ele. Num sono profundo e silencioso. Sua respiração compassada é quase imperceptível. Ela sorri. Fica ali velando seu sono sem se preocupar com o mundo lá fora. Ele abre os olhos e nada diz. Apenas abre os braços para que ela se aninhe em seu peito. Quando menos espera já está em seu braços. Ele afaga seu cabelo e a beija carinhosamente. Ela fecha os olhos sem se preocupar com mais nada. Deseja desesperadamente que aquele momento dure para sempre.
Mesmo em dia como esses, sempre há um pequeno raio de sol que faz tudo valer a pena.

"Amar é saborear nos braços de um ente querido a porção do céu que Deus depôs na carne". (Victor Hugo)


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